sábado, dezembro 23, 2006

Hospital


Vidas cruzadas, olhares trocados. Uma miscelânea de medos, ansiedades e sentimentos. Uma panóplia piedosa de morte e vida. Um lugar inacabado por lágrimas de alegria e tristeza.
Aqui tudo nasce! É uma partida para algo que nem sempre é seguro, mas que a todos diz respeito. Perfaz aqui, o início da jornada. A partida no jogo que é a vida. As cartas foram dadas e é tempo de se aprender a jogar.
Aqui, tudo morre! É o fim da jornada, onde tudo começou. Termina! Pouco ou nada há a dizer, apenas é visível no olhar que o jogo afinal tem de ser levado a sério. Sentido. Único. Pois quando o àrbitro apita o final do campeonato, recolhe o jogador ao local que outrora fora o lugar do pontapé de saída.
Aprender a jogar, é tarefa ambígua e dependente. É necessário bons treinadores, mas também um faro apurado por parte do jogador. Bem sei que por vezes, por mais que estes dois aspectos estejam patentes, o jogo pode ser controverso e decidir mudar o revaldo, caíndo o atleta em terreno falso, perigoso. Temos de ser àgeis, pois este jogo tem vida própria. É ele que nos comanda, portanto, há que estar preparado e nunca largar a bola dos pés.
Viagem eterna!
Males conjugam-se com vitórias. Colocam-se aqui à prova diversas componentes humanas, pois todos, estão no teste onde é necessário terminar a cadeira.
Aqui se encontram o que alguns durante tanto tempo lutaram por aprender.
Aqui estão exemplares humanos de quem sofre por um corpo a necessitar de uma revisão, ou até, de uma reparação.
Aqui estão tantos outros que necessitam manter o sangue frio para o cérebro fluir. São estes o sedativo, o soro, o antibiótico das outras personagens. O apoio, o ombro amigo. Os que têm de positivar todo o elenco! Mas são também quem sofre por dentro, quem prende as lágrimas para não alarmar a peça.
Todos estão aqui, numa ligação repentina e inesperada. O público está do outro lado, incapaz de assistir a esta peça privada ( arriscaria dizer que este público, nem sequer deseja ser parte integrante deste elenco ). Não é suposto ser uma obra pública. Demasiado penosa. Bastante pessoal.
E as personagens trocam olhares de compreensão, e até de algum reconforto. Não é necessário existir diálogo, o olhar vale mais do que isso. É um cinema mudo que transparece mais do que qualquer outro filme musical, tal não é o realismo dos olhos.
Por mais que se tente fugir, este é um lugar comum. Onde tudo começa, onde tudo acaba... Uma finta deste campeonato onde cada jogador é a sua equipa, onde se misturam necessidades. O objectivo é o mesmo, chegar sem faltas e o mais tardiamente ao lugar comum!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Raiva

Apoderou-se de mim, invadiu o meu espírito, comandou-me como um fantoche de teatro amador, mais profissional, que tantos licenciados. Escravizou a minha vida. Sentiu o que eu tinha e era, transformou-se em algo imaginário. Era uma raiva que se passeava num corpo que já não pertencia à sua alma, mas sim a este adjectivo que me cegou e não me deixou ver a luminosidade de um sonho por algo melhor.
A culpa? Ideias preconcebidas, mentes introvertidas, sociedade por se descobrir, por crescer e evoluir. Crenças, que não são passadas, ideais que não são as de antepassados. Verdades únicas, que se acompanham de tantas realidades mais verdadeiras e autênticas. Mentes fechadas, lenços que cobrem rostos, que já de si, nada querem ver. Criticas mordazes, dedos apontados, rejeições por algo que se desconhece!
E por tudo o que o povo acredita, instalou-se então a raiva, o medo, o sofrimento. Ainda a mente desconhecia que existia um mundo para lá dos muros da juventude, e já máquinas de bala destruíam uma pureza que se devia manter por mais tempo. As questões surgiam, a revolta emergia, e a vontade de terminar o que quer que se fosse era abrupta. E é aqui que tudo começa…
Tanta era a insistência na pessoa que era, tantos eram os pontapés que as bocas ao largo largavam, que acabou por crescer dentro de mim, sentimento feio, rebelde, tirano! E era tudo mascarado, tudo trabalhado, tudo ensaiado. Duas atitudes juntas num só corpo. Por fora surgia uma figura tranquila, fraca, e que ignorava todos os preconceitos de que era alvo diariamente. Por dentro, gritava o mar revoltoso, sangrava o coração, brotavam lágrimas de morte.
Mas esta atrocidade, só me inundava quando para lá da casa segura me afastava. Quando chegava à selva desflorestada. Pois era aí que os ataques surgiam, e que sentia vontade de lançar uma bomba mortífera. No final do dia, no porto seguro, o ser transformava-se, era o largar da negatividade, era o viver somente com a alegria de poder ser eu próprio, sem receios, sem medos.
Felizmente não fui levado por ela. Talvez tenha aprendido a ser forte, e tenha percebido de que nada faria, e que acabaria mais ferido do que já estava.
Mas foi tão doloroso, tão penoso, que não consigo evitar olhar para trás e chorar amargamente. Foi uma luta de todos os dias, minha e de quem quer que de mim gostasse. Normal ter de surgir de mim a maior força, mas era tudo tão difícil. Não tinha idade para aguentar tal fardo. Não tinha maturidade para tais preocupações. Não era suposto lamentar-me por ser o que era, quando todos os outros apenas se alegravam por serem parte integrante de uma vida.
A solidão forte, a escuridão envolvente. Crescimento tenebroso. Fingimento inacreditável. Raiva possuidora.
Monstros do passado com cara de gente, amargo entristecimento que me denegria o ser, e que me fazia revolver atrás o passo de cada vez que vencia.

Passado Modificar


Um mero olá, uma simples mensagem. Um visionamento perspicaz, uma aventura que se descortinava. Sem querer querendo, um desconhecido conhecimento aveludava-se de um coração abandonado que se julgava inexistente.
Será tudo verdade, ou uma mentira que apenas pretende mudar de vida e colocar uma máscara? Nada é certo, nada é seguro. Apenas existem humanidades que se igualam e que procuram o mesmo fim.
A busca era semelhante, mas o receio constante. Uma luta feroz, uma dualidade de desejos. Um campo de batalha armado, uma guerra por fazer, que de santa nada possuía.
E é hora de perguntarmos se os passados nos movem, ou se apenas nos prendem quando queremos avançar. Nessa altura fica então pendente uma felicidade imaginária que apenas queria ser real, e que em segredo chora escondida por entre a cega multidão!
Agora o relógio não pára, os dados estão lançados, o jogo tomou a sua partida. E somos dois viajantes no que se julga ser a vida. Estamos em teste, numa onda perigosa, numa curva retorcida, num carrossel que vai girando conforme a disponibilidade.
Mas é tão doloroso este sentir, que chego a perguntar se valerá a pena rebentar as amarras do teu coração, e querer uma felicidade tua, que é somente uma miragem minha. Sei que estás aí, que me queres, que sentes o que sinto. Estamos ambos no mesmo projecto idealista de uma pintura impressionista, mas sinto que a qualquer momento, pode o pintor mudar o rumo da criatividade, e alterar o quadro que se julgava de dois seres, para surgir uma Mona Lisa que apenas olha para quem para ela olhar.
Tenho a certeza que tudo isto irá ficar ancorado na minha existência, pois foste tu que me fizeste mudar uma maneira de ver e agir. És tu que me fazes acreditar diariamente nas histórias banais de amor. E verificar, que essa banalidade vem apenas de quem não sabe que existe um amor, lá fora, próximo de nós, à beira de ser agarrado.
E se me perguntarem se não é tudo demasiado repentino. Se não estou apenas a deixar-me levar por uma carência de sempre. Vou apenas responder, que até ao dia em que os nossos lábios se tocaram, eu desconhecia o que era desejar alguém sinceramente, o que era um simples beijo, o que era estar apaixonado. Sentir o coração disparar somente por as nossas mãos se terem sentido
Sim, amei, demasiado até! Mas foi tudo um erro. Uma amizade que pertence ao passado, que foi destruída e consumida por um amor singular, que só de mim fazia parte. E é esta tua chegada que me faz perceber o que eu afastava incessantemente. É possível alguém estar apaixonado por mim, e eu retribuir tal belo sentimento.
A paixão já atraiu muitos amantes para o meu regalo. Mas foram apenas momentos carnais passageiros, sem nexo, confusos. Foste tu que transformas-te o meu Mundo, a minha personagem. Não negues agora se te responsabilizarem por ter nascido uma característica que se julgava incapaz de surgir. Sou hoje metade do que fui, nada do que serei.
É este o último grito do meu coração, a última palpitação. Amanhã podes já não estar aqui, nesta aura. Mas ficarás marcado e vinculado nas minhas veias, que irão transparecer o teu rosto.

Incompreensão!

Um dia por breves inspirações,
Soltaram-se as palavras, fugazes.
Audácia! Vidas inacabadas,
Uma panóplia de emoções.

Segredos obscuros,
Luminosidade viril. Força voraz!
Caminhos trilhados, sem tudo,
Com nada.

Abrem-se as portas do passado,
Embrenhando-se na dose,
Pura, realista.
Acabou, morri!

Fénix de luz,
Despertei da mágoa,
Entrei no Mundo
Do sentir.

E vislumbrei, júbilo,
Sentimento,
Contemplação do invisual.
Casual casualidade.

E agora?
Terra prometida, lenda inacabada,
Poema por rescrever.
Vida por viver!

Passado Flutuante


Ferida aberta, que insiste em não sarar. Paixão descoberta, que reflecte a falta de amor próprio anterior. Desejo que pertence ao passado, mas que se mantém como uma chama que não se apaga. Pouco ou nada há a fazer, apenas retalhar todas as pegadas que ficaram para trás, e que as ondas do mar preferiram manter intactas.
Agora é tempo de fazer um retiro pessoal, perceber o porquê de tanta injustiça sentimental e prosseguir com a viagem desencantada. Foi fácil amar, mas tão difícil esquecer que se torna sufocante esta corda amarrada a uma alma invisível. Tanto brilho, tanto encanto, tanta boda por festejar. Tanto e tão pouco por dizer. Palavras de um olhar que ficaram por ler, cerimónias mortíferas em tua honra, para ressuscitares de cada vez que para mim dirigias uma palavra. E foi essa a morte do artista!
Insistência maligna, flecha mortífera, amizade incompleta. Um segredo desvendado, por ser incapaz de esconder o que sentia! O sufoco era demasiado profundo, o rosto estava demasiado iluminado por te ver. E eras tu presente de outro alguém. Carinho do dia-a-dia de uma amizade de sempre!
Não foi uma traição, nem tanto um apunhalamento pelas costas, mas sim uma partida clandestina do destino! Fui perfurado abruptamente, e sem perceber, já o meu sonho vislumbrava a sua melodia no meu palco.
Sei que serei incapaz de te retirar de onde conseguis-te entrar. Mas sou capaz de adormecer tudo o que senti, e vivi só. Mas não te sintas oprimido, se sentires o meu batimento cardíaco tão perto de ti, aquando da próxima vez que nos cruzarmos. Será apenas o reacender de um triste passado, que flutua cá dentro. Nem tão pouco te sintas lisonjeado, pois já nada me dizes. Apenas foste aquele que me abriu a porta para a busca que é de todos nós.
Sou agora diferente, maduro, um aprendiz mais sábio. Já nada em mim reconhecerias, a não ser este tal velho sentimento. Portanto, não pares para tentar reconhecer alguém que nunca conheceste. Acredita, faria diferença nesse teu mundo fingido, mascarado e que me desiludiu no dia em que blasfemaste o amor! Irias deparar-te com tamanho monumento, que terias de me ver em livros. Pois o teu olhar é incapaz de vislumbrar o que está acima do teu umbigo.
Podes tu também estar diferente, e não quero estar a ser hipócrita, ao julgar-te, quando tanto perdi da tua vida. Falo do que conheço hoje de mim, e que comparo com o que foste. E, isso, assusta-me!
Bem, mas se a verdade é para estar patente, aqui, neste desabafo, terei que ser realista e dizer que foste importante na minha vida. Que foste o meu primeiro amor. A minha primeira desilusão. Navegas-te o meu mar, e não foste até ao mais ínfimo recanto deste oceano, porque o teu coração assim não o permitiu. Sei que não foste o culpado. Que talvez me desses o universo, se assim o pudesses. Mostras-te amizade quando tudo se vislumbrou na tua mente, mas eras incapaz de estar por mim, de caminhar na vida ao meu lado. Não te culpo, não te censuro, nem tão pouco te responsabilizo pelas noites que chorei por ti. Apenas olho para trás com tristeza por ter amado o ser errado.
E darias pano para tanto desfile, que faria um livro com a minha história sobre um amor perdido, sobre uma aprendizagem, que no fundo acabaste por ser para mim. Serias a utopia do meu cosmos. Mas isso seria dar demasiada importância a algo que se tenta apaziguar.
Já retirei a lição que havia para aprender contigo. Portanto agora só me resta continuar, e evoluir. Ficas-te para trás, apenas amarrado a uma corda invisível que está presa à parte do meu coração que representa desilusões!

Se...!?

Se é necessário percorrer toda a nossa vivência, para definir alguma atitude, então, regressa e aprende!
Se é preciso seres tu a definir a luminosidade da tua vivência... segue em frente, e ilumina o teu caminho.
Se caminhas na direcção errada, continua. Segue sem medo, sem rodeios, apenas não desaprendas a andar,
Se andas, não pares. Dualidade insensata. Palavras graciosas. Quem disse que a piada não é necessária?
Se necessitas de fugir, não o faças por não conseguires ultrapassar a realidade. Fugir não resolve. Resolver... Satisfaz!
Se satisfazes uma necessidade retraída, acordarás com um novo brilho, com uma nova personagem. Um novo rumo, uma nova estória, mas que história.
Se... com história nada vai, tudo foi ficando, na história. Todos a temos, todos a aprendemos, nem todos se lembram.
Se te lembras, saberás o porquê de tudo, nada ficará por explicar.
Se és inquebrável talvez a vida não seja vida vivida, talvez esta não seja sofredora.
Se eu souber o que digo, faz sentido, talvez não voltasse a retalhar o meu pensar para me exprimir. Mas a escrita é néctar, e sem beber, sou pó, vazio.
Se... não lhes ligues. Apaga o se deste texto, e verás que tudo será futuro, seguro, com certezas, destemido. Se o fizeres sempre, não haverão ses... *

Mais um dia!

Um dia passa, tantos sentimentos, tanta pouca vontade de contínuar esta romaria de rotinas impostas pela sociedade que nos sobrecarga de imposições!
Acordei um destes dias, entre tantos outros, e apercebi-me do quanto me sinto só, da necessidade que tenho de me sentir amado e desejado. Felizmente tenho amigos e família que me adoram incondicionalmente, apesar de todos os meus defeitos e opções. Mas estes sentimentos não são suficientes para preencher o vazio que sinto, a falta de toque, de sedução.
Mas chego à conclusão, de que se dermos demasiada importância a tamanha falta, que afinal, é a falta de tantos, acabarei por me afundar no meu próprio Eu, e acabo por não saborear as coisas boas da vida, e não serei capaz de retribuir o amor que me dão.
Portanto, o único caminho a seguir, é aquele que traçamos diariamente. E nunca fugir à nossa própria essência, aquilo que realmente nos motiva, e que nos faz ser o ser.
Mais um dia, ou um dia a mais? Apenas vive um dia de cada vez...

Perdido...


Sem rumo, sem destino, apenas com a humanidade insana de quem pretende surpreender. Caminhos, ligações. Pedra de calçada sentida, maré vazia que chega ao final do dia cansada, deslocada, resentida por ser esquecida depois de usada.
Aqui estou, sem ter a noção do que quero, mas iluminada a alma, pretendente do que vive, sabe bem, sabe ser. E sei mais do que julgo, sei tudo o que quero, sei que quero saber mais. E o verbo ser é presente, futuro diário de quem sonha, amargo doce mel, que me encanta e baralha.
E a lucidez é transportada para o nível do inconsciente, e apenas o que ouvem são frases exactas de uma perdição que se prolonga e arrasta, empurrada pela maré da fraqueza!
A grande civilização já passou, e o que deixou, não foi o bastante para nos evoluir, e fazer encontrar o graal da evolução. Fazem então, o que as normas indicam, e são poucos os que arriscam seguir ao contrário do povo, de olhos fechados, de mente tapada, com lenços disfarçados.
Perdido! A reflexão da matéria, o ouro dourado. A menção que não chega para dizer não. E o longo caminho, perdido, aqui prefaz o que retrata a minha solidão. E tudo isto apenas para dizer... Perdido*

Decomposição

O ser que se refresca, com uma ansiedade de desejo e paixão. Uma necessidade que altera o verbo amar, uma força quente, que regressa e me dá luta.
Sinto-me de novo num corpo que não é o meu, mas reconheço esta alma que sempre foi minha. E sei que o que faço e o que quero, é belo, é puro, é sentimento.
Mas a verdade teima em planar no meu corpo, e sinto este ardor que palpita no peito, e me prende o movimento. Que fazer? Deixar seguir o que quero...
E apenas vislumbro um caos, um cosmo apenas meu, impenetrável. Sentado num quarto fechado, à espera que retirem a chave de entre tantas.
Fico aqui, num abandono descomposto. E esta vida? Sentido?
Faz com que tudo ganhe sentido. Faz-me acreditar em algo que apenas vejo os outros sentir. Que reconheço quando choro a ver mais um beijo na tela.
O que chamo decomposição, pode estar tão composto para ti... Desinteressante! Vem apenas ao lugar combinado, e faz-me caminhar.
E se ainda não chamei a atenção de quem queria, valerá a pena insistir no que não se quer? Dúvida. Coração. Eu! Apenas decomposição*

segunda-feira, dezembro 11, 2006

E será este o princípio?



E será este o princípio? Ou apenas um final incompleto? A solução precária de dissabores acumulados num ser preso ao verbo ser. Dúvidas propostas, segredos por revelar, desejos subentendidos, ligações imprevistas. E o verdadeiro sentido para tudo, ou até para o nada, fará um real sentido? É uma fadiga que se move, é uma preocupação que se instala, são derrotas com sabor de vitória!
Numa vida tudo se resumo, pois por mais que se acredite em vidas passadas, é desta que nos lembramos hoje, é com ela que iremos até o corpo se deplorar. E quando a memória se torna numa fiel inimiga, e nos passa ao lado na batalha, voltamos a degustar o amargo fel de viver.
Íeis-nos aqui hoje, numa relutância por uma leitura de escrita falsária. Mas conscientes de que a palavra nos transmite tudo aquilo que somos. Até para quem não as ouve ( e não é necessário existir uma deficiência corporal ), existem sentidos que nos fazem percebê-las.
Contudo, aqui estou, diário de hoje, memória de um passado que se tenta esquecer. História de vida, sentido para viver. Nem tudo se transmite em algo recontado, mas assim quem sabe, talvez se encontre uma identificação, somente num parágrafo, diário!
Não trarei dias seguidos, não seguirei um rumo certo. Optarei apenas por divagar por passagens desta vida, minha! Contar e encontrar aqui um desabafo perdido. Ao fim ao cabo, um registro posterior, uma análise reflexiva.