quarta-feira, dezembro 20, 2006

Decomposição

O ser que se refresca, com uma ansiedade de desejo e paixão. Uma necessidade que altera o verbo amar, uma força quente, que regressa e me dá luta.
Sinto-me de novo num corpo que não é o meu, mas reconheço esta alma que sempre foi minha. E sei que o que faço e o que quero, é belo, é puro, é sentimento.
Mas a verdade teima em planar no meu corpo, e sinto este ardor que palpita no peito, e me prende o movimento. Que fazer? Deixar seguir o que quero...
E apenas vislumbro um caos, um cosmo apenas meu, impenetrável. Sentado num quarto fechado, à espera que retirem a chave de entre tantas.
Fico aqui, num abandono descomposto. E esta vida? Sentido?
Faz com que tudo ganhe sentido. Faz-me acreditar em algo que apenas vejo os outros sentir. Que reconheço quando choro a ver mais um beijo na tela.
O que chamo decomposição, pode estar tão composto para ti... Desinteressante! Vem apenas ao lugar combinado, e faz-me caminhar.
E se ainda não chamei a atenção de quem queria, valerá a pena insistir no que não se quer? Dúvida. Coração. Eu! Apenas decomposição*

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